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Primeira Casa da Rua

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Design Biofílico: Os Princípios que Aproximam a Casa da Natureza

Num tempo em que passamos cada vez mais horas dentro de portas, o design biofílico surge como resposta essencial ao nosso desejo profundo de reconexão com a natureza. Um tema que venho a estudar e a por em pratica desde há muitos anos. o design biofilico, mais do que uma tendência, é uma filosofia que transforma os espaços em lugares vivos, acolhedores e regeneradores.

O que é o Design Biofílico?

O termo "biofilia" significa literalmente "amor à vida", uma afinidade inata que temos com a natureza e todos os sistemas vivos. O design biofílico procura traduzir essa ligação para os espaços construídos, criando ambientes que nutrem o bem-estar, a criatividade e a saúde.

Os 6 Princípios Básicos do Design Biofílico

  1. Conexão visual com a natureza
    A presença de vistas verdes, plantas naturais ou elementos de água reduz o stress e melhora a concentração. Um simples vaso com uma planta autóctone pode ter um impacto surpreendente.

  2. Conexão não-visual com a natureza
    Sons suaves (como água a correr), aromas naturais (madeira, terra, ervas), texturas orgânicas – tudo contribui para uma experiência sensorial completa.

  3. Variedade e complexidade natural
    Tal como num bosque, os espaços biofílicos evitam o excesso de simetria e apostam em padrões inspirados na natureza – fractais, repetições subtis, texturas com profundidade.

  4. Luz natural e dinâmica
    A luz do sol a mudar ao longo do dia cria ritmos biológicos saudáveis. Cortinas leves, claraboias ou jogos de sombra e luz ajudam a evocar esta dinâmica natural.

  5. Presença de materiais naturais
    Madeira, pedra, cerâmica artesanal, linho, algodão cru – materiais que contam histórias e envelhecem com dignidade, reforçando o sentimento de autenticidade.

  6. Sentido de refúgio e abrigo
    O design biofílico cria espaços que nos fazem sentir protegidos, como se estivéssemos num ninho. Um canto de leitura com iluminação suave ou um recanto com vista para o exterior são exemplos simples.

Ao integrar estes princípios, não criamos apenas casas mais bonitas – criamos lugares com alma. O design biofílico não é sobre imitar a natureza, mas sobre trazer o seu ritmo, textura e poesia para o nosso quotidiano.

 

MONOLITHS - Quando a Pedra Fala

Há momentos em que o design não nasce de uma tendência, de um briefing ou de uma necessidade funcional. Nasce do silêncio, do tempo, do respeito por uma matéria que já cá estava antes de nós.

Monoliths é isso, um gesto escultórico em forma de banco. Uma homenagem à pedra como presença viva, como testemunha de tudo o que é essencial: o peso, a forma, a textura, a memória.

Cada banco não é só um objeto, é uma pausa, é um corpo que se integra no espaço como se sempre lá tivesse estado. As linhas são orgânicas, quase como se tivessem sido esculpidas pelo vento ou pela água, há erosão, há suavidade, há brutalismo poético. O resultado é duro, mas não é frio. É firme, mas nunca pesado. É matéria, mas também intenção.

Inspirado na estética biofílica, Monoliths liga o espaço ao chão, e o olhar à natureza. São peças que não pedem protagonismo, mas que impõem respeito. São bancos, sim. Mas também são âncoras. São raízes. São lugares.

Acredito profundamente que o design tem o poder de transformar a atmosfera de um espaço sem fazer "barulho", estas peças são exatamente isso: presença silenciosa, é esse silêncio que me interessa cada vez mais.